É fato: produzir praticamente qualquer obra acerca do Holocausto é fadado a um dos dois pontos de uma dicotomia que não permite um continuum. Ou é muito ruim, ou é muito bom. E de um modo ou de outro, é um grande magneto de lágrimas. "O Menino do Pijama Listrado", de John Boyne, sagra-se como uma excelente obra, e que vai fazer cair água dos olhos de todos. A não ser que você atenda pelo nome de Coração Gelado.
As lágrimas de Coração Gelado curam câncer. Mas Coração Gelado jamais chorou.
Sabe quando você tem uma ideia brilhante no meio de uma conversa casual? Bem, não é o que acontece por aqui. Tom Six e amigos estavam conversando sobre qual seria um castigo para pedófilos, e então ele veio com "e se a gente pegasse um cara desses e costurasse a boca dele no toba de um caminhoneiro gordo?". Alguém com tanto dinheiro e disposição quanto falta noção resolveu tornar isso realidade. E então temos "The Human Centipede", mais uma evidência em uma grande série de que a humanidade não tem salvação e que o fim do mundo seria até bem vindo.
Nunca tinha visto Taxi Driver. Para falar a verdade, não sabia do que se tratava, além de que de alguma forma envolvia táxis e alguém que os dirigia. De modo surpreendente, essa parte eu consegui inferir sozinho, muito obrigado. Mas que eu iria ver uma obra-prima do cinema, envolvendo a crescente loucura e obsessão alimentadas por uma solidão tão forte que chega a ser patológica... ah, isso eu não sabia.
Para aqueles que vivem embaixo de uma pedra, o mais distante possível do meridiano de Greenwich, em 1978 Douglas Adams criou uma série de comédia / ficção científica conhecida como "O Guia do Mochileiro das Galáxias", posteriormente adaptada para diversos meios, incluindo os livros. Já parte do humor, os livros compõem uma "trilogia" de cinco, se não for levado em conta um sexto escrito por Eoin Colfer (de "Arthemis Fowl".
A série é nomeada pelo homônimo guia, um objeto dentro da história que serve para depositar todo o conhecimento das galáxias, algo como nossa Wikipedia atual. Ainda que contenha muitas omissões e textos apócrifos, ou pelo menos terrivelmente incorretos, é superior a obra mais antiga em mais prosaica em dois aspectos importantes: em primeiro lugar, ele é ligeiramente mais barato; em segundo lugar, traz impresso na capa em letras garrafais e amigáveis a frase NÃO ENTRE EM PÂNICO.
Um dos grandes desafios de se ensinar um conceito é, as vezes, a aridez com que o tema é apresentado. Por exemplo, é quase impossível dissociar o ensino de matemática com a ideia de algo exaustivo e nada prazeroso. Ensinar o desenvolvimento, por exemplo, pode ser bem chato. Ou você pode mostrar algo diferente. Os anuros são um prato cheio.
Por exemplo, o sapo com olhos no céu da boca.
Suponho que comer deve ser complicado pra esse cara
Já falei antes sobre Agatha Christie, uma das melhores escritoras do gênero policial. Para quem já conhece o excêntrico detetive belga Hercule Poirot, duas histórias são muito interessantes. A primeira é "Curtain" (Cai o Pano), seu último caso. Na outra ponta está a segunda história: O Misterioso Caso de Styles, que registra sua primeira aparição.
Curiosidade: ambos têm seus eventos ocorrendo em Essex, Inglaterra.
Deu um tanto de trabalho, mas fiz minha lista de 101 coisas a se fazer de 1001 dias.
O problema é fugir do comum. Quase todas as listas que vi possuem itens do tipo "beber X copos d'água por dia durante X meses". WTF? Mas aí estão.
A medida em que as tarefas forem sendo cumpridas, vou tentar fazer um post a respeito, ou se for algo pequeno, ao menos fazer um update nesse post.
Sem mais delongas, minha lista!
Em andamento Concluídas (segue a data)
Início: 28 de julho de 2011
Término: 25 de abril de 2014
Atividades concluídas: 4/101
Última edição: 19/11/2011
GAMES
Zerar Breath of Fire I (Concluído em 03/08/2011, com os dois finais, todos os itens e lv.99 com todos. Post com review em andamento!)
Zerar Breath of Fire II
Zerar Golden Sun
Zerar Golden Sun: The Lost Age
Conseguir todos os trophies de Smash Bros. Melee
Zerar Final Fantasy I
Zerar Final Fantasy II
Zerar Final Fantasy IV
Zerar Final Fantasy V
Zerar Final Fantasy VI
Zerar os jogos da série Zelda clássicos (os dois de NES, Link to the Past e Link's Awakening)
LIVROS
Ler a série "O Guia do Mochileiro das Galáxias", de Douglas Adams [05/05]
Ler "Sobre Meninos e Lobos", de Dennis Lehane
Ler "Ilha do Medo", de Dennis Lehane
Ler a trilogia "Fundação", de Isaac Asimov
Ler a série "Odisséia no Espaço", de Arthur Clarke [falta apenas 3001: Odisséia Final]
Ler os livros restantes de Nietzsche
Ler algo que sei que não vou gostar, tipo "Crepúsculo" ou outra dessas séries YA
Ler os livros restantes da série "Duna" (só li o primeiro)
Tomar vergonha na cara e ler "O Pequeno Príncipe"
Na mesma linha, ler "O Diário de Anne Frank"
Ler os livros restantes de Richard Dawkins (faltam três: Fenótipo Extendido, Desvendando o Arco-Íris e O Relojoeiro Cego)
ORGANIZAÇÃO: PC
Organizar meus PDFs no Mendeley, com tags e tudo
Organizar minhas pastas, nunca consigo terminar
Organizar minhas músicas
ORGANIZAÇÃO: ESTUDOS E VIDA ACADÊMICA
Terminar a graduação
Entrar para o mestrado
Publicar ao menos dois artigos [0/2]
Participar da organização de ao menos um simpósio
Escrever um capítulo de livro
Participar de ao menos um congresso nesse período
Publicar dois resumos, normais ou expandidos [0/2]
FUGA DO SEDENTARISMO
Subir novamente o Pico da Bandeira, dessa vez sem parar no caminho
Correr ao menos duas vezes por semana, durante três meses (Falhei. Começar novamente em breve)
Conseguir correr, ida e volta, a praia de Camburi
Reduzir o índice de gordura para, pelo menos, abaixo de 12%
Voltar para a academia, e lá ficar por um trimestre [Tive que parar por conta de estudos. Volta em breve.]
Admiro a série de livros "1001 coisas antes de morrer".
Na mesma linha, e de modo totalmente não original, farei uma lista de 101 coisas pra se fazer em 1001 dias.
A ideia eu peguei do blog do meu atual orientador, Chicó (faça lá uma visita!).
Bem, vamos para a parte II sobre a "arte" de Rob Liefeld. Antes, tentei mostrar o quanto ele não entende sobre proporções humanas (ou antropomórficos, tanto faz). Agora, uma pequena amostra de que Liefeld não entende sobre: (1) armamentos em geral; e (2) desenhar com a figura completa em mente.
"Armamentos" não inclui elefantíase escrotal, um mal comum na obra de Liefeld
Nunca entendi porque os norte-americanos não gostam de coisas, ahm... não "Rambescas". É o que, no excelente e consumidor de tempo TvTropes, é chamado de American Kirby is Hardcore.
Estou jogando, talvez pela ducentésima vez, o excelente Breath of Fire 2, no port para Game Boy Advance. E não pude deixar de notar a incongruência da capa japonesa...
Com a americana.
Holy fuck
Sem falar que o jogo possui uma das piores traduções possíveis, a ponto de não ser possível compreender o que alguns itens fazem, ou o que fazer para avançar no plot.
Falarei mais sobre jogos futuramente, é só ter tempo o/
Liefeld desconhece o significado do termo "proporções"
Todo mundo que abriu uma revista de quadrinhos na década de 1990 deve conhecer o nome de Rob Liefeld. Liefeld, que é “autodidata” no desenho, é um dos casos absolutamente dicotômicos: ou é amado, ou é odiado.
Particularmente, eu não gosto do estilo do cara, por uma série de razões, que lhes apresento a seguir (clique no “Mais informações”):
Curiosidade: o livro mais vendido de Agatha Christie é, ironicamente, aquele onde não figuram nenhum de seus personagens mais conhecidos, Hercule Poirot e Miss Marple.
Dez pessoas, cada uma com um passado sinistro, são escolhidas pelo misterioso U. N. Owen para passar uma temporada na Ilha do Negro. Em cada quarto há um poema, falando de dez negrinhos que, aos poucos, são reduzidos a nenhum, cada um por uma causa distinta.
Logo na primeira noite a situação foge do normal: um gramofone escondido anuncia os crimes impunes de cada um. E então, começam as mortes. A cada fatalidade, um negrinho de porcelana desaparece de cima de uma cômoda. Os sobreviventes vão ficando cada vez mais tensos, culminando num final surpreendente.
É essencial destacar algo: Agatha Christie nunca foi comedida em relação ao uso de plot twists. Porém, é gritante a diferença entre o bom uso, visto em suas obras, e de alguém que tenta forte demais e acaba falhando, como a obra atual de M. Night Shyamalan.
Acima: #fail
Enfim, o livro está entre os 10 mais vendidos do mundo, no mesmo rol de gigantes como Tolkien e Dickens, e não é por menos.
O livro foi escrito em 1939. Desde então, o mundo e a ética mudou. O livro passou de "Ten Little Niggers" para, futuramente, referir-se a "Ten Little Indians", e por fim "And Then There Was None". Possivelmente um dos títulos mais reveladores já feitos, ao lado de "Return of the King" do terceiro livro de Senhor dos Anéis.
As influências vão longe. Há pelo menos quatroversões de longa metragem, incluindo uma em russo (ironicamente, a única com final fiel ao livro), uma adaptação ao teatro, além de... personagens e músicas da série Touhou...?
Um de meus autores favoritos é Stephen Jay Gould. Falecido em 2002, Gould foi um dos maiores divulgadores de ciência do século passado, não perdendo em nada ao lado de gigantes como Carl Sagan e Richard Dawkins, inclusive, tendo uma rivalidade amigável com o último, infelizmente não resolvida.
Gould foi autor de uma coluna na Natural History, onde discorria sobre diversos temas, em sua maioria ligados à biologia evolutiva, mas também à música, teatro, personalidades e até sobre design de teclados! Boa parte dessas crônicas foram lançadas em coletâneas ao longo dos anos. A leitura é excelente, mas um pouco salgada ainda. Mesmo em sebos, dificilmente um exemplar típico sai por menos de R$ 40,00.
Mas, Gould não escreveu apenas crônicas curtas. Também foi autor de diversos livros, entre eles o que lhes apresento agora:
É fato: quem cresceu jogando games antigos no NES, ao escutar as palavras "caça" e "patos" na mesma frase, invariavelmente pensa em "Duck Hunt":
E também "ódio" e "abuso animal"
Era simples. Uns 10 patos voavam por vez, e a gente atirava neles, um por vez, com a Zapper. Não raro, nenhum tiro acertava as aves, e o cachorro aparecia rindo. Lather, rinse, repeat.
Qual não foi minha surpresa ao descobrir que, antigamente, não era assim que se caçavam patos. No sir. As gerações passadas caçavam com um diabo de quase 3 metros de comprimento. Não dava nem pra mirar, então as armas eram montadas em punts (= barquinhos), logo ganhou o nome de punt gun.
E isso não é compensar por alguma coisa...?
É certamente o instrumento humano mais overpower em relação à caça para qual foi planejada. Um tiro com esse monstro matava mais de 50 patos em um tiro só. E frequentemente, eram armadas que saíam para caça aos patos.
Quero dizer, olhe a coisa em ação. Além de destruir todos os alvos com um tiro, ainda por cima destrói a mesa em que estavam apoiados. Holy shit.
Certamente que o criador teve sua família morta por um selvagem ataque de patos. Consigo até imaginar...
Monstros. O que seria do cinema sem os filmes de monstros? Seja uma abordagem mais séria, como no clássico Nosferatu, seja em ação desenfreada e burra, como Tropas Estelares, o fato é que o desconhecido, o fantástico, o excêntrico, chama a atenção. O curioso é que vários desses monstros possuem contrapartes reais, prontas para impressionar aquele que as vê.
Fiz uma pequena seleção de três desses organismos. Começando com...